O respeito às diferenças é um tema em destaque. Aprendemos que devemos aceitar as particularidades do outro. Assim permitimos que todos possam desenvolver suas potencialidades da melhor forma e com liberdade para realizar suas próprias escolhas.
Se na vida é assim, por que não aplicar isso também aos processos de ensino? É isso que as Trilhas de Aprendizagem (TAs) buscam, dar autonomia para que as pessoas encontrem seu próprio caminho no desenvolvimento de suas capacidades.
O uso de métodos de aprendizagem personalizados pode colaborar para que a educação e formação estejam mais alinhadas com a dinâmica do nosso tempo.
O que são as Trilhas de Aprendizagem?
As Trilhas de Aprendizagem são conjuntos de atividades que permitem que diferentes competências sejam desenvolvidas. Essas atividades podem ser executadas de acordo com os interesses do aprendiz.
Essa autonomia varia de acordo com os diferentes esquemas de navegação utilizados. Eles podem configurar-se como modelos lineares, prescritivos, podem ser mais hierárquicos ou modelos em rede, com uma navegação mais livre. Esses esquemas adaptam-se de acordo com o objetivo, perfil do aluno e características da aprendizagem.
Para entender o funcionamento destes conjuntos de atividades podemos pensar no funcionamento dos sistemas de hipertexto. Ele é um documento eletrônico que permite uma leitura não sequencial, tendo a flexibilidade como característica, permite que o leitor vá de um ponto ao outro do documento ou transite entre diferentes documentos. São conexões ou links que permitem múltiplas possibilidades para percorrer o conteúdo disponibilizado.
Da mesma forma funcionam as Trilhas de Aprendizagem, onde unidades de conteúdo compõem um sistema criado para o desenvolvimento de competências. Os recursos dessas unidades podem ser os mais variados, como aulas, livros, artigos, podcasts, música, jogos, seminários, entre tantos outros. E podem ser alterados de acordo com o grau de autonomia que possibilitam ao aprendiz.
O que deve ser observado para criar uma Trilha de Aprendizagem
Podemos pensar o termo trilha como um conjunto de passos. Quando precisamos percorrer um trajeto físico, podemos escolher quais ruas percorremos para chegar do ponto A ao C, por exemplo, fazendo um itinerário conveniente, limitado apenas pelas restrições das vias que podem ou não ser acessadas pelo meio utilizado para o deslocamento.
Esse trajeto é palpável. Já no meio digital as possibilidades são muito mais amplas, embora quando falamos em trilhas elas remetam ao direcionamento do caminho a ser percorrido pelo usuário.
Para não correr o risco de um engessamento do processo de ensino-aprendizagem que a TA pode incorrer, é preciso considerar como organizar e representar as unidades que formarão a trilha, quais serão os esquemas de navegação disponibilizados aos usuários, quais serão as restrições, como os padrões serão estabelecidos e qual o grau de autonomia que pretende-se disponibilizar.
Quanto maior for essa autonomia mais a TA estará próxima de um modelo de rede.
TAs no treinamento corporativo
As TAs são bastante utilizadas para a capacitação de profissionais no meio corporativo porque permitem conciliar as necessidades das organizações com as demandas estabelecidas pelos colaboradores.
Quando as TAs são criadas respeitando a ideia de autonomia, cada profissional pode elencar prioridades, necessidades e conveniências para percorrer seu trajeto de aprendizagem. Desta forma, a personalização torna-se uma característica importante e um facilitador para o engajamento e a valorização das particularidades de cada membro, integrando planejamento de carreira e as expectativas da organização.
O suporte oferecido ao profissional mantém seu protagonismo na concretização de sua formação e qualificação.
Modelos de TAs
Existem basicamente dois modelos de TAs: linear e agrupado. Vamos entender quais são as diferenças entre eles.
No modelo linear as unidades de aprendizagem são apresentados numa sequência, para chegar ao próximo passo é necessário que a tarefa anterior tenha sido realizada. É preciso concluir todos os passos para finalizar a TA.
O modelo agrupado é quando aplicamos o conceito de rede, onde diversos recursos são disponibilizados e o usuário é livre para escolher quais serão acessados por ele. Existe a necessidade da realização de um número mínimo de atividades estabelecido previamente para que a TA seja finalizada, funcionando como créditos a serem adquiridos.
A escolha entre cada um dos modelos deve ser feita de acordo com o conteúdo, o público e os objetivos. A Café EAD é especializada em metodologias ativas e pode auxiliar a sua empresa a utilizar os melhores recursos para envolver e capacitar seus colaboradores.