Entenda como a realidade de milhares de escolas não será a mesma após a pandemia do novo coronavírus
Uma pesquisa realizada entre agosto e dezembro de 2019 constatou que apenas 28% das escolas localizadas em áreas urbanas possuíam ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem. Essa realidade trouxe desafios consideráveis para o setor de educação em decorrência da suspensão das aulas presenciais como medida sanitária contra a propagação do novo coronavírus. Nesse contexto, milhares de escolas tiveram que adaptar seu modelo de ensino para, de alguma forma, atender aos milhões de alunos impossibilitados de frequentarem os espaços físicos destas instituições.
O período de anormalidade que estamos vivendo deve trazer mudanças permanentes para o ensino brasileiro. De acordo com Rita Guarezi, pedagoga e especialista em educação a distância há 20 anos, “a pandemia exigiu que as instituições de ensino buscassem diferentes modelos de ensino e recursos tecnológicos para que o processo ensino aprendizagem não parasse totalmente com a impossibilidade das aulas presenciais, isso gerou muito aprendizado para todos e hoje está muito mais claro que é possível ter êxito na educação por meio de ambientes virtuais”. Ela afirma ainda que os profissionais da educação estão aprendendo a utilizar ferramentas síncronas e assíncronas, o que demonstra que estão combinando atividades remotas em tempo real com aquelas que possibilitam ao aluno escolher o melhor momento para serem realizadas. Esse modelo traz consigo uma relativa autonomia aos alunos, atribuindo a eles um papel mais ativo no processo ensino- aprendizagem – eles estão tendo que adaptar e criar maneiras de aprender que vão além do ensino tradicional, ainda bastante arraigado na cultura que envolve o ensino no país.
Não é possível prever em que medida a suspensão das aulas presenciais no ano letivo de 2020 impactarão no futuro do ensino, mas é certo que as aulas contarão com um maior apoio das ferramentas e plataformas de ensino virtuais, concretizando o uso do ensino híbrido, onde sala de aula física e virtual, além das ferramentas de ensino a distância, devem caminhar juntas. Nesse sentido, Rita Guarezi nos ajuda a entender o panorama da EAD nas escolas brasileiras.
Por que você acredita que apenas um número pequeno de instituições de ensino faziam uso de ambientes virtuais antes da pandemia?
A educação é lenta em suas mudanças e apesar da EAD já ser reconhecida como uma modalidade educacional eficiente, muitas instituições de ensino ainda resistem em investir em recursos mais modernos como proporcionar aos alunos um ambiente virtual onde possam ter flexibilidade de espaço e tempo para seus estudos. O modelo tradicional ainda predomina e quebrar alguns paradigmas como o de que a aula presencial é mais eficaz que a aula a distância é ainda um desafio.
Qual a importância do uso de ferramentas e plataformas virtuais de aprendizado como complementares ao ensino presencial?
Possibilitar que, além das aulas presenciais, os professores e alunos possam interagir em espaços virtuais com diferentes recursos enriquece significativamente as possibilidades de aprendizagem e isso certamente diferencia a instituição de ensino.
Quais são as principais barreiras para a ampliação do uso dessas plataformas pelas escolas brasileiras?
A principal barreira é o preconceito de que a EAD não tem a mesma qualidade que a educação presencial e assim não havia motivo para investir em ambientes virtuais de aprendizagem. Isso se quebrou com a pandemia. Ensinar e estudar utilizando tecnologias virtuais é possível e funciona. Esta barreira foi quebrada. Acredito que nenhuma instituição de ensino volte totalmente ao modelo tradicional.
Como uma instituição de ensino pode garantir a qualidade do ensino nos ambientes virtuais? Quais seriam os principais cuidados nesse sentido?
É importante que a instituição de ensino invista numa plataforma segura, na capacitação de seus professores em metodologias de ensino a distância, na ambientação dos alunos para o estudo a distância, na transposição adequada dos conteúdos e que professores e alunos possam contar com ferramentas que lhes permitam interagir, compartilhar e construir conhecimento.
Rita Guarezi é responsável pela área de inovação e produtos da Café EAD. Essa equipe, que tem uma experiência de 10 anos oferecendo soluções para a EAD, pode ajudar na transformação do ensino brasileiro garantindo qualidade e eficiência no uso das metodologias e ferramentas aplicadas ao novo modelo. Nos contate e saiba como!